quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

De volta


Recebi de volta, minhas asas que tanta falta me faziam.
E não me servem de nada.... vieram quebradas, opacas, sem brilho, sem utilidade nenhuma.
Vieram sujas de sentimentos falsos, vieram manchadas pela falsidade, pelo interesse.
Não soubestes cuidar delas. Talvez jogadas num canto qualquer, para uma emergência,
talvez esquecidas, porque são asas de mulher, não são feitas de ouro.
Queimadas pela luz do luar que tirou a máscara, transformando-se em luz de fogo que arde e queima, sangrando... estão minhas asas.
Não importa, seguirei cuidando delas, que tanta falta me faziam.
As cicatrizes fecharão, o sangue se transformará em plumas coloridas de azul e branco.
E voltarei a voar, ainda que seja um pouquinho de cada vez, voltarei a cruzar os céus do meu Universo,
ajudada pela verdadeira fé e pela verdade suprema, deixando atrás de mim raios de cores mescladas.
Minhas asas....sem cor...quase não as reconheço; ficastes com o melhor delas.
Não importa, as tenho de volta e reconstruirei cada pedacinho, y tu que has despedaçado cada uma delas,
ficarás sem nada. Vazio....pois tua essencia morreu.....quando pisastes em minhas asas coloridas.

Nenhum comentário: