quinta-feira, 1 de outubro de 2009



A lua branca lança de novo sua luz fria em minha alma.
Já não é prateada, é branca , luz que faz sangrar o coração.
O luar cai sobre minha alma, lançando raios que cortam, ferem, sangram esta vida tão cansada.
Em silencio destrói tudo que foi edificado durante anos, pedra sobre pedra, confiança imensa,
fortaleza falsa.
Com um simples silencio destrói.........
As pedras fortes eram falsas, mentiras, criadas pela mente que buscava fé.
Pedras colocadas sobre areia molhada, protegida pelo falso luar que não era mais que uma fantasia de mente carente e doentia.
O silencio veio, passo a passo, derrubando, como vento cruel, tão linda edificação, tanta confiança e fortaleza.
Sem que ela se desse conta, chegou derrubando seus sonhos, suas ilusões, com o orgulho materialista que é sua essencia.
Em silencio deixou cair lágrimas falsas....
Levava máscara, bonita, singela e sincera, porém...máscara.
Desviou caminhos e caminhos, criou atalhos, tentando escapar da verdade.
Como se a lua fosse cega. Ou não tivesse cérebro.
Atalhos que levaram o luar até o mais intimo de sua alma, revelando a verdade, verdade ruim, maldosa, cheia de subterfugios, cheia de muita mentira.
E covardia.
A covardia tão negada, a verdade tão negada.
Como pode a lua descansar em paz, como pode o luar descer sobre sua alma em paz?
Palavras loucas que traduzem a loucura de não mais acreditar no ser humano puro e transparente, palavras que traduzem a descrença total no objeto mais confiável que já existiu.
Ou pensou existir.
Já não existe a luz em ti.
Se apagou. Para sempre.
Noites sem lua, sem luz, já não vejo tua imagem iluminada, simplesmente tua luz acabou.
Por duas ou tres simples palavras coloridas de maldade , sem medir consequencias.
Se apagou. Para sempre. Sem volta.
Sem temor. Sem medo.
O luar era feio . A lua de papel.
Luar falso feito de NADA.


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